Aqui deixo depoimento, quiçá um comentário
Em forma de agradecimento por ora declaro...


Amigos que aqui se encontram nesta extensão de Um Sábado Sem Fim
Durante a semana a saudade de vocês é tanta que a ansiedade não cabe em mim
Em boa hora chegou esse Blog para quem saiba enfim Estejamos juntos não só aos sábados, mas em todos os dias, sejam bons ou ruins
Na verdade vos digo o quão prazeroso é para mim
Ter vocês como amigos que espero seja para sempre assim...


terça-feira, 10 de junho de 2014


Hoje é comunidade
Mas àquela época era favela
Engatinhando até a porta eu a vi
Lá estava ela

Sendo disputada com bravura
Pelos moleques descalços de então
Meio murcha, não importava
O que valia era a diversão

Em meio às roupas no varal
Pisoteando o barro dos lamaçais
Advindo dos tanques, pias e até do banho
Das águas que escorriam pelos quintais

Dalí surgiu o interesse por ela
Do encanto que ela nos dá
Eu ali, no chão arriscava uns passos
Não via a hora de me enturmar.

Desde aquele momento sublime
Foi amor à primeira vista
E até hoje, dia após dia
Ela ainda me conquista

Mais fascina ainda agora
Tendo como palco o Brasil
Da sua festa mundial
Bate o coração a mil

Não dá prá deixar de lado
A paixão de uma vida
Vou torcer sim e como sempre
Prá minha Pátria mãe querida!

Sérgio.
10/06/2014

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Pessoal, o Sábado sem fim esta de endereço novo...

Acompanhem nossas publicações através do endereço:

https://www.facebook.com/sabadosemfim


abraços...

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Tocador de piano


Sempre se falou no futebol sobre o “carregador de piano”, aquele volante voluntarioso que abdica do jogo bonito para “brigar” no meio de campo pela bola, quase sempre retomando a jogada para seu time e a entregando para outro jogador de toque mais refinado a fim de dar seqüência à jogada em prol de sua equipe sem que isso o minimize diante dos demais, alguns até conquistaram lugares cativos em seus times tornando-se figurinhas carimbadas, entrando para a história, apesar da clara falta de habilidade com a bola nos pés. Enfim, este tipo de jogador carregava literalmente o piano.
Porém, se este carregava o piano, seria para que ele fosse tocado por alguém, nesse caso um jogador mais habilidoso.
Digo isso simplesmente pelo ocorrido no sábado sem fim que discorro agora:
Estávamos eu e o Marrone, aguardando nossa vez de entrar na quadra à beira da tela e apreciando o jogo corrente. Eis que, conversa vai, conversa vem, a bola se entrega aos pés do Fernando, que com categoria indiscutível a domina de maneira habitual, mas naquele instante nos postamos a prestar mais atenção à jogada. Simplesmente, com a bola sob o domínio de seus pés “mágicos”, ouso dizer, ele finta dois de uma só vez em um espaço que para nós, reles mortais, a bola não cabia. Um terceiro adversário, tão próximo quanto os dois anteriores foi também facilmente driblado (facilmente para ele, é claro) e mais um logo na seqüência, e tenho a impressão que quantos mais aparecessem a sua frente teriam o mesmo destino dos demais.
Você vai me dizer, - Ah, eu já vi várias jogadas assim. Eu também já vi muitas e muitas jogadas tão belas quanto essa por esse mundão do futebol “varzeano”. Mas naquela jogada, talvez por estarmos prestando mais atenção, percebemos que em nenhum momento o Fernando olhou para a bola, desde a dominação da pelota, ele a colocou no piso sintético e com seus toques sutis se livrava de cada um que aparecia, com a cabeça erguida, procurando um espaço, um companheiro melhor colocado ou buscando um caminho para o gol, defendido honrosamente pelo nosso querido Marcão.

Sinceramente, seus toques na bola eram tão suaves e perfeitos que ali mesmo comentei com o Marrone, - O cara parece que está tocando um piano... 

Sergio...

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Passa a bola

Tudo passa, passa o dia, o ano, a hora.
Passa a vida, passa o tempo, a bola.
Pelo ar ela flutua, pelo chão ela rola
Mas fica na vida da gente, nunca vai embora.

Alguns a aconchegam no peito
Outros nem tanto
Falta ginga, falta jeito.
Mas ela não cobra talento

Foi-se mais um ano, e agora?
Nós ficamos, é o que importa.
Ficam as conquistas recentes, as de outrora.
O que não nos serve, joguemos fora.

Tira para a lateral, joga pro canto.
Dá uma bica, mas nem tanto.
Chega firme na dividida que ninguém é santo
Faz uma outra jogada limpa, e pronto.

Bola para frente (de novo a bola)
Uma menina que se faz senhora
Amor primeiro de muitos pelo mundo afora
Com ela uma criança sorri. Sem ela, chora.

Vai-se mais um ano e, no entanto.
A perspectiva é de encanto
Para o próximo ano chegando
Meus amigos o que espero, é nosso encontro.

Que seja assim, para você, para nossas famílias, para mim.
Com a felicidade do nosso Sábado sem fim...


Que o ano que se inicia mantenha em nós os mesmos desejos de paz, amor e amizade!


Sérgio.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Fim de semana no sítio do tucano

Poderia começar esta narração já pelo encontro de manhã, onde desde o início as coisas começaram a acontecer para mim. No entanto, muitos já se encontravam no local do evento dando continuidade aos preparativos que se iniciaram dias antes a fim de nos receber. Como diria o rei Roberto Carlos: “São tantas emoções...” que relatarei mais adiante.

Vale ressaltar que o nome dado ao nosso sábado mais uma vez veio a calhar oportunamente, pois foi intenso, alegre, feliz, sem fim realmente, proporcionado pelos amigos e amigas que estiveram no sítio para nossa confraternização que se deu, senão como o esperado, muito além das expectativas.
Se houve excessos, foram de felicidade, amizade e carinho, além de muito samba, de outrora e mais recentes.
Acredito que todos tenham se divertido conforme, no mínimo, o esperado. Não sei se alguém mais do que outro.
Estar ao lado de pessoas queridas como as que lá compareceram não tem preço, como não teria também preço a presença daqueles que não puderam, por um motivo ou outro, estar conosco a compartilhar tão saudável final de semana, estes os quais já se considerem devedores de vossas presenças na mais próxima oportunidade, que com certeza virá e virão.
Caberia aqui agradecimentos à todos, sobretudo aos que mais fizeram para proporcionar nossa acolhida e conforto. Aqueles que antecipadamente se desdobraram para que fosse possível tudo ter transcorrido dentro dos conformes, sem nada faltar, todos sabem de quem se trata, mas para não passar batido sintetizo principalmente à família Penna, e aos demais que se empenharam sem medir esforços nos preparativos.
Tenho certeza que todos ficaram satisfeitos e que não vêem a hora de estarmos novamente juntos, em nossa família, já consagrada, em mais um inesquecível Sábado sem fim...

Sérgio


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Geraldo, o brincalhão...

Há coisas que acontecem no futebol que se contar ninguém acredita.
Tal como um pescador contando suas proezas, podemos passar por pesca(joga)dor, se me permitem a junção das palavras para enfatizar a analogia, de tão mirabolante o acontecido. Mas essa não dá para deixar passar em branco.
Eis que o Geraldo, diga-se de passagem, um fiel gozador, vale aqui o trocadilho, rouba a bola no meio da quadra e avança em direção ao gol, quando eu dou um carrinho e tiro a redondinha de seu domínio, quando ele se joga ao gramado fazendo aquela cena querendo parecer que tivesse sido vítima de uma fratura exposta, sem exageros. Com isso todos pararam enquanto que eu com o domínio da bola e ciente de que nem o havia tocado dei continuidade a jogada que se tornou hilária já que meus adversários permaneciam estáticos reclamando a falta que não aconteceu. O Miro deve estar rindo dessa cena até agora. De qualquer forma para efetivar a jogada fui até o gol, o Marcão inerte, o que facilitou demais meu intento, empurrei a bola pro fundo das redes, gol.
Volto para minha posição e o Geraldo ainda caído, chegando a gemer de “dor”, com as mãos no calcanhar, rolando de um lado para o outro, deixando a todos preocupados, menos a um, eu, que cônscio da minha lisura na jogada, sabia que se tratava de encenação. Mesmo assim ao me aproximar dele, do senhor cara de pau, ofereci minhas mãos para que se levantasse, imagine a cena, me defendi dizendo que não tinha sido falta, quando ele, o artista, deu uma pausa às suas “dores”, olhou para minhas chuteiras com a cara mais deslavada que já vi e me veio com essa:-“Amarra o cadarço senão você pode cair”. Voltando para os seus gemidos descarados.
Esse é o Geraldo...


Sérgio.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Saudade dos antigos festivais

Dias atrás, em certo domingo de sol, estive no campo do Campanário, em Diadema, onde moro e num passado nem tão distante defendia as cores do meu querido Benfica, time de várzea que lá pelas décadas de 1980 e 1990 era um dos times, senão o melhor, um dos melhores da região quiçá da várzea paulistana.
Lá encontrei o Petrucio, que foi e ainda é técnico deste time saudoso de grandes glórias pelos campos “varzeanos” de outrora.
Os tempos são outros, pois acontecia ali, naquele domingo, um jogo sem muitas emoções, como um bate bola qualquer, um “rachinha” ou um “contra”, rua contra rua, vila contra vila. Mas se tratava de uma disputa de festival onde a equipe vencedora ergueria o troféu em disputa, mas nem isso parecia estar em jogo tal era a “sonolência” em campo, além da ausência de pessoas a apreciar o “espetáculo”. Dava-se para contar nos dedos das mãos o contingente à beira do alambrado (Pois é, hoje tem até alambrado e a noite iluminada por refletores).
Ah, sou saudoso sim, e quem não é? Em outros domingos era difícil até de se conseguir um espaço entre as pessoas para ver um jogo num festival. Com chuva, frio ou sol. Embora forem outros tempos o futebol ainda é nossa paixão, independente de qualquer diferença, seja ela social, de gênero, ou de idade.
Ocorre que quando um evento desta magnitude acontecia, pois era mesmo um grande evento o festival de futebol aos domingos, o torcedor se fazia presente, mesmo sem ter um time de preferência na disputa, ele com o passar do jogo se simpatizava com um e deixava expresso em seus comentários, em sua emoção, seus gritos, chingamentos ao juiz ou a algum “atleta”
Geralmente um festival começava pela manhã e o time que era mandante da festa jogava os últimos jogos com um time convidado, que na maioria das vezes era tão bom quanto o time anfitrião. A essa partida de encerramento se dava o nome de “festeiro”, ou seja, eram festeiros os times que disputariam o último e melhor troféu do dia.
Eram torcedores chegando à pé, quando vindo de outros lugares, vinham de Kombi, na carroceria de caminhões, de ônibus e até na caçamba basculante a fim de prestigiar seu time da vila ou de sua simpatia, ou torcer contra caso o time local não fosse de sua simpatia. O que não diferia era a alegria e o calor da torcida, animada pelos batuques dos “surdos”, repiques, pandeiros, reco-reco e agogôs cantando as canções da época ou mais antigas, cujo a “saideira” preferida era Trem das onze, de Adoniran Barbosa: “Não posso ficar nem mais um minuto com você...”

Eu fiquei, na minha lembrança, em minha saudade...

domingo, 17 de fevereiro de 2013


Sábado, 09 de fevereiro de 2013
Pela manhã o tradicional futebol com todas as nuances de praxe, três times, 10 minutos ou dois gols cada jogo. Meu time fica de próximo, azar? O jogo segue e empate com definição no “Joquempo”.
É nossa vez e novo empate, agora permanece o time que levou a vantagem no primeiro jogo, independente do método, segue a regra que pareceu depois não ser tão clara, afinal não temos um Arnaldo para oficializá-la, pois após o decorrer de todas as partidas, tendo meu time como vencedor de maior número de partidas a discussão, tendo como veemente crítico o Jorge, estendeu-se das mesas do Metroball por tarde afora.
Saí sem saber o resultado da discórdia, visto que o Jorge se mantinha ferrenho às suas convicções, que “puxavam a sardinha” à seu favor, é claro.
Mas a extensão de nossas peladas sempre foi e continuará sendo assim, ainda bem.
Fui para casa me refazer do cansaço, pois o sábado vislumbrava ser mesmo sem fim, e foi.
Já disse aqui que, futebol e samba andam juntos e eis que é carnaval e meu sábado continuaria na “avenida”. Seria perfeito caso tivesse chegado antes e visto o desfile da minha querida Nenê de Vila Matilde desfilar. Na verdade ainda consegui vê-la na dispersão, deixando um gosto de quero mais, mas valeu pelo desfile das demais e como diria Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


Dos amigos do Sábado sem fim para o amigo Tadeu.

Parte da vida

Parte da vida é nascer
É depender, a princípio.
É aprender as primeiras palavras, os primeiros passos.
Parte da vida é crescer, conhecer.
É ter; pessoas, coisas, sentimentos.
Parte da vida é fazer, criar.
É construir, participar.
Parte da vida é ser, essencialmente ser.
Parte do princípio da vida, viver.
Parte da vida é partir.
É deixar lembranças, saudades...

Sérgio
02/02/2013






segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Abrindo a caixa de gols.



Quem é rei nunca perde a majestade.

Em nosso Sábado Sem Fim, desde a época do Mais de Trinta, nosso goleador sempre foi o Luizão. Com um repertório de gols de tudo quanto é jeito, mesmo tendo como especialidade as cabeceadas, nos proporcionava belos tentos.

No entanto havia muito ele não nos presenteava com seus feitos com expressividade, mas sábado, 18 de setembro de 2010 ele pareceu ter revigorado seus instintos de “matador”. Deixou sua marca por cinco vezes e cada uma delas com primazia, inclusive usando sua arma mortal, o deslocamento constante dentro da área para aplicar sua cabeceada na gorduchinha. Feito que levou seu time a vencer praticamente todos os jogos do dia mencionado.

Outrora isso era uma constante, mas com grave problema no joelho que o levou a uma cirurgia que provocou seu afastamento por algum tempo e que ainda por complicações pós cirurgia o fizeram ficar mais tempo de molho que o previsto, ficamos privados de suas qualidades.

No entanto em seu retorno ao campo sempre buscou repetir aquilo que sempre gostou de fazer, gols.

Dificilmente passava em branco, mas enfim está de volta para alegria própria e de todos nós.

Um verdadeiro sábado sem fim...

Teoricamente o Sábado sem fim acontece apenas com a turma da quadra, do futebol e o papo de bola depois dos jogos regado a cerveja gelada, com o encontro de amigos e por vezes se estende a alguma comemoração na casa de alguém, e quando não há algo específico para se comemorar não custa nada uma esticada para o bar do Renatinho ou à casa do Jorge depois de termos acertado a coleta da corriqueira “vaquinha” para passarmos à tarde no tão saudável churrasquinho, seja na garagem ou em lugar apropriado nos fundos da casa, onde está a churrasqueira.

Jorge, Geraldo e Litão ao fundo na churrasqueira.
Outra boa surpresa foi a volta ao nosso futebol do querido Wilsinho, que promete manter sua assiduidade e nos contemplar com seu belo futebol de classe e maestria que sua canhotinha produz. Como seria bom termos de volta o Sérgio, o Rubens, o Silvio, o Aguinaldo, o Juca, Geraldo, Juninho, Litão, o Valdir que se comprometeu a voltar e outros temporais, que sentimos falta.

Wisinho e Sérgio.
Para mim, esse dia teve ainda outro evento marcante, que foi a apresentação do meu querido sobrinho Rafael no teatro Cleide Yaconis, junto com a Companhia Circo Dança Suzie Bianchi, www.circodanca.com.br, que me deu muita emoção.

Rafael em sua apresentação no teatro Cleide Yaconis.

Vou ser sincero em dizer que imaginava, dentro de minhas limitações, que certas pessoas tidas como especiais, não fossem capazes de realizar certas coisas, mas fui surpreendido ao constatar que essas pessoas são mais capazes do que se pode imaginar, basta terem condições para desenvolver e mostrar os seus talentos. Mencionei serem tidos como especiais por que, são especiais sim como todos os filhos o são, não deixam a desejar em nada, e mesmo seus pais tendo um pouco mais de trabalho e cuidado em sua criação, como tem a Cida e o Carlos, pais do Rafa, tenho certeza que eles são felizes em ter ele como filho e vice versa. Para mim, todos são especiais como sua família toda é especial para mim.

       Rafael e a companhia de dança www.circodanca.com.br.

Nosso Sábado sem fim se estendeu até o Bar do Chico, ou bar São Francisco, onde nosso amigo Silvio tocou e cantou numa noite reservada a homenagens a Chico Buarque.

Renato e Silvio no bar do Chico.
                                    
Quero dizer que ontem foi um dia especial, pela manhã no nosso futebol, à tarde assistindo ao espetáculo tendo o Rafa como protagonista para nós, à noite reencontrando os amigos do futebol prestigiando o Silvio, e dizer ainda que todos proporcionaram para mim mais um dia inesquecível que sem dúvida foi um Sábado sem fim...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

De pai prá filho


Fui assistir ao filme “De pai prá filho” que conta a relação entre Luiz Gonzaga, o Gonzagão, e seu filho Gonzaguinha. Com boas recomendações do Celinho, que viu e comentou no Sábado sem fim. Dizendo ainda que o filme o fez lembrar-se de seu pai. Como à ele, o filme trouxe recordações de meu querido e saudoso pai; Não pela relação difícil que os protagonistas mantiveram entre si por quase toda vida e sim pelo fato de ambos, tanto o pai dele quanto o meu, serem migrantes, vindos da região nordeste em busca de uma vida melhor tanto para si quanto para seus descendentes, suas famílias e também pelo fato de, como oriundos do sertão, apreciarem a obra de Gonzagão que expressava os sentimentos de seu povo em suas canções, sobretudo em “Asa Branca”, além de encantar com os acordes de sua sanfona.
Na verdade o filme revela a relação entre três gerações, Januário, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. Avô, pai e filho respectivamente. Marcou-me uma fala no início do filme que diz que se o velho é bom o menino também será. Acho que esse foi o ponto em que me veio à lembrança do velho Castanha, alcunha sob a qual era e ainda é conhecido meu pai, em virtude de seus cabelos de um castanho brilhante, creio. No caso, o velho da frase. - Só queria que o menino fosse tão bom quanto ele foi.
Em homenagem a todos os pais que vieram em busca de uma vida melhor, deixando para traz uma história, seus pais, irmãos, suas paixões; peço licença ao expor um singelo verso que fiz há algum tempo, num momento de saudade, para meu querido pai que Deus chamou para Seu convívio.

Retirante
Lá vem ele, retirante
Com seu sonho a viver
Estampado em seu semblante
A vontade de vencer
Deixa para traz sua infância
Sofrida no sertão do Nordeste
Traz consigo só a lembrança
Dos conselhos do pai, “cabra da peste”
Que do roçado não viu futuro
Para si e para os seus
Se entregando assim para o mundo
Buscando o bem aos filhos que Deus lhe deu
De herança leva a lágrima contida
Que aumenta mais a dor
A saudade por toda a vida
Levarás da mãe e de seu amor
Lá vem ele, pau-de-arara
Com um sonho que não é só seu
É de todos que embarcara
Cada qual com o que o destino lhe deu.
Sérgio - 18/05/2005

terça-feira, 3 de abril de 2012

Setenta anos do Divino Ademir da Guia


Hoje é aniversário de Ademir da Guia, o “Divino”, filho de outro ícone do futebol, Domingos da Guia, Zagueiro que fez história no Flamengo, considerado um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro.

Sou Corintiano, mas não por ironia do destino Ademir da Guia foi meu primeiro ídolo no futebol, mesmo jogando no arquirrival do Timão. Aliás, “Da Guia” não jogava, desfilava em campo com sua habitual classe e categoria, para muitos era lento, mas essa talvez fosse sua arma para iludir seus marcadores. Chega a ser contraditório tê-lo como ídolo e na mesma época tínhamos no Corinthians um craque com características diferentes mas não menos idolatrado, chegando a ser intitulado “Reizinho do Parque”, Rivelino, já que o Rei do futebol jogava no Santos, Pelé.

Que época de ouro, sem pensar muito, citei três dos maiores craques que o futebol já viu e que jogavam simultaneamente em seus respectivos clubes. Pelé é indiscutível. Ademir para alguns e Rivelino para outros o segundo melhor.

Setenta anos de Divino, quem viu seus lances não esquece, quem não viu pode viajar na imaginação com as histórias contadas pelos mais velhos, como eu.

Certa vez estava em casa com meu filho Gustavo e num programa de televisão, o telespectador tinha que adivinhar a sequencia de algumas jogadas que seriam paralisadas e a que vimos foi uma do Ademir; Postado no meio de campo, a bola tocada por Dudu, outro craque, vinha ao seu encontro, mas o adversário mais encorpado chegava com vigor para evitar o domínio da bola pelo “Divino”, que se postava quase estático dando a impressão que o adversário chegaria antes que ele, eis que a cena é paralisada. Disse ao meu pequeno Gustavo: - Filho, O Da Guia vai dar um toque sutil por cima do zagueiro e dominar a bola tranquilamente. Ao dar sequencia a cena, foi exatamente o que aconteceu e meu filho perguntou como eu sabia que aconteceria aquilo. Eu até poderia dizer que já tinha visto a cena, se vi não me recordo, mas vi tantas outras façanhas do Divino que imaginei ser essa sua saída fantástica para dar continuidade ao lance.

Ademir não é chamado de Divino à toa, com perdão ao trocadilho, ele soube divinamente desenvolver a arte que abraçou, pelos gramados brasileiros e estrangeiros, como diria João Saldanha.

Parabém “Divino” pelos setenta anos e por nos brindar com seu talento!



Sérgio

03 de Abril de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

Messi

Assisti ao jogo Barcelona e Bayer Leverkusen pela liga dos campeões, sete a um para o “Barça”, show de Messi, cinco gols só dele. Segundo o comentarista do jogo, Mauro Betting, ele bateu o recorde de gols em uma única partida em todas as edições da Liga dos Campeões. Detalhe, ele era o recordista com quatro gols.

Escrevo sobre o assunto por que não pude resistir ao futebol jogado por esse argentino, que está encantando todo mundo que gosta de um belo futebol, inclusive eu que sempre fui avesso a aceitar que “los hermanos” (exceto “Carlito” Tevez) fossem bons de bola. Eles tiveram Maradona que ganhou uma copa do mundo praticamente sozinho, praticamente por que não é bem assim, naquele time havia outro grandes jogadores, mas a genialidade do “Pibe de ouro” não permitia que os demais despontassem, mas isso não vem ao caso, para mim, melhor que ele foi Zico, o galinho de Quintino, campeão mundial pelo Flamengo e craque da melhor seleção e time que já vi jogar ao lado do doutor Sócrates, Falcão, Junior, Leandro e companhia. Os mais velhos são unanimes em dizer que Pelé foi e será para sempre o melhor, o rei. Dizem até que ele não conta, como defende o grande ponta esquerda Pepe do time fantástico do Santos bi campeão mundial que diz ser ele o maior artilheiro do Santos, pois Pelé não conta. Então não vou polemizar, Pelé eu não vou contar.
Mas hoje preciso falar sobre esse “garoto” que tão novo já foi eleito por três vezes o melhor do mundo, com justiça e se continuar a desfilar seu belo futebol pelos gramados do mundo, será eleito outras vezes.
É de se admirar o futebol magnífico e ao mesmo tempo a simplicidade como ele desenvolve seu talento, faz parecer que é a coisa mais simples do mundo. Para ele deve ser.
É certo que até agora não vimos esse mesmo futebol ser mostrado por ele em sua seleção, a Argentina, porém não se pode duvidar da sua capacidade e por isso me vem à lembrança que a próxima copa será em nosso país, que também tem um garoto diferenciado, Neymar, que sem dúvida é um craque e faz a diferença e que em 2014 estará mais maduro e com certeza defendendo nossa amarelinha.
No entanto é de se preocupar com Messi. Será mais uma oportunidade de ele mostrar que joga em sua seleção, será a copa do Brasil, a rivalidade entre as duas seleções é enorme, o fantasma de 1950 ronda o mesmo Maracanã que viu o Uruguai ser campeão em cima dos nossos jogadores, fazendo chorar toda uma nação.

Temo, mas espero que Messi não seja um novo Ghiggia.

Sérgio.
07 de março de 2012.