Aqui deixo depoimento, quiçá um comentário
Em forma de agradecimento por ora declaro...


Amigos que aqui se encontram nesta extensão de Um Sábado Sem Fim
Durante a semana a saudade de vocês é tanta que a ansiedade não cabe em mim
Em boa hora chegou esse Blog para quem saiba enfim Estejamos juntos não só aos sábados, mas em todos os dias, sejam bons ou ruins
Na verdade vos digo o quão prazeroso é para mim
Ter vocês como amigos que espero seja para sempre assim...


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Benfica X Itatinga

Caro Doca;

Obrigado pelo comentário e por se lembrar. Eu nunca me esqueci daquele gol (Nem poderia) e por conta do seu comentário vou contá-lo aqui. Sei que dúvidas surgirão pela escassez e dificuldade que tenho de fazer gols até hoje, já que nunca foi meu forte. Aliás, é um grande questionamento dentre alguns amigos do Sábado sem fim, no entanto, diante da oportunidade que você me dá, não posso abrir mão desse momento e usufruir desse espaço em bem próprio, e modéstia à parte foi mesmo um lindo gol que segue abaixo em descrição:

Tarde de domingo em meados dos anos 1980, o Benfica, clube que defendemos e aprendemos a amar, de nosso querido bairro Jardim Campanário, jogava contra o Itatinga, no bairro Pedreira. Eu como lateral esquerdo do segundo quadro, já havia jogado e a pedido do Petrúcio, nosso técnico, me coloquei a disposição no banco de reservas do primeiro quadro, caso houvesse a necessidade de substituição. Pois bem, o jogo não era fácil, o time adversário aplicava um 3X0 sonoro em nosso esquadrão quando no segundo tempo nosso técnico me chama e pergunta se estava bem para entrar, claro que disse sim e me prontifiquei a aceitar ir para o jogo.

Eis que, não sei por que cargas d’água nosso querido “camarada” Zezão, um dos donos do time passou o braço sobre meus ombros e disse – “Camarada, se você fizer um gol ganha uma caipirinha”. Ele, como todos nós sabíamos que nunca fui de marcar gol, apesar de ainda me lembrar de minha estréia em nosso time querido (Marcando um dos gols lá pelos lados de Itaquaquecetuba) é outra história, mas já que tenho aberto esse canal, conto aqui mais esse feito, mesmo que de passagem.

Continuemos com o gol lembrado por você: Entrei com a função de dar combate e tentar dar mais dinâmica ao jogo, mal havia entrado e aconteceu a jogada que se segue – O Dimas, meia habilidoso, de toque refinado, o mais velho de três irmãos tão bons quanto ele, recebeu a bola próximo a linha que separa o campo, quase na lateral direita e num lançamento de cerca de 30 metros fez a bola chegar até você, Doca, meu irmão, não menos habilidoso que o Dimas, que matou a bola no peito, sem deixar ela cair, com um toque sutil aplicou um chapéu no zagueiro que deve estar procurando a bola até hoje, até por que a definição do lance foi tão surpreendente que valeu mais que uma caipirinha, que o Zezão fez questão de pagar sem culpa nenhuma.

Eis que Doca, ao aplicar o chapéu e se posicionar para concluí-lo, num átimo, surgi no lance e antes que a jogada do chapéu fosse concluída e sem a bola tocar o campo, desferi um petardo de esquerda (acreditem amigos que estão lendo essas linha, um petardo, isso mesmo) e a bola, como um foguete, foi em direção ao gol, exatamente aonde a coruja faz o ninho, morrendo no fundo das redes. O goleiro voou de encontro a ela, porém não a alcançou. Não poderia, pois ela estava destinada a cumprir seu destino, entrar para a história, para minha história e para a sua, Doca.

O arqueiro que até então havia feito milagres não pode evitar, mesmo com seu salto cinematográfico, que o levou de encontro à trave, ocasionando uma lesão na cabeça.

Quando fui comemorar contigo, Doca, você me chamou a atenção. Quando eu te disse que aquele tinha sido o gol mais bonito que fiz, dentre os poucos creditados a mim, onde você me respondeu – “Seria o mais bonito se eu o tivesse feito também”.

Não retribuindo o abraço comemorativo até que eu te revelei o prêmio prometido pelo Zezão - a caipirinha - aí sim recebi seu abraço junto com o de todo o time que já vinha ao meu encontro, pelo lindo gol e não pelo “drink”, como diria meu amigo do Sábado sem fim, Geraldo. Assim saboreamos nosso prêmio após o jogo, mesmo com a fatídica derrota.

(Creia, eu fui o autor do gol descrito acima)

Sérgio.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Belo gol

Um dos gols mais bonitos que vi no “Sábado sem fim” aconteceu em 14 de agosto de 2010, preciso registrar.

Antes gostaria de lembrar que certos jogadores desenvolvem habilidades únicas, tanto profissionais como amadores como nós. Só para exemplificar direi o nome de alguns e suas jogadas:

- O primeiro, como não poderia deixar de ser será o doutor Sócrates que segundo especialistas por ter os pés menores que seu corpo e sua altura exigiam, desenvolveu uma jogada que hoje se executada uma vez, não em uma partida, mas até se somadas, todas as partidas de uma rodada inteira de qualquer campeonato, pode se tornar a jogada da rodada, ou seja, o passe de calcanhar que na maior parte das vezes, senão em todas, tinha destino certo;

- O famoso elástico que o príncipe do parque, conhecido também como Rivelino costumava executar em seus oponentes e que insiste em revelar que não é criação sua;

- Os “voleios” que só o Bebeto sabia fazer num vôo dentro da área cercado por zagueiros gigantes;

Esses são alguns profissionais, mas existem aqueles que praticam com louvor o esporte das multidões entre nós e que se sobressaem dentre os demais por terem habilidades próprias, cito alguns que nos dão o prazer de estarem juntos conosco todos os sábados e outros que já estiveram e que mantiveram as portas abertas. Seguem alguns:

- Wilsinho, que com sua canhota, colava a bola no pé e com cortes curtos colocava para “bailar”, como um dançarino embriagado, aquele que ousasse tomar-lhe a bola, que era acariciada pelos seus pés, difícil saber se ele a segurava ou se ela que não queria abandoná-lo por receber tantas carícias daquela canhotinha, porém a jogada tinha que ser finalizada, e geralmente fatal, um último corte para a esquerda e diante de tantos quantos fossem os seus oponentes a sua frente, a pelota iria, como um passarinho deslizando sobre o céu, aninhar-se nas redes adversárias.

- Luizão, buscando a melhor colocação próxima ou dentro da área para desferir quase sempre com precisão, sua jogada mortal, a cabeçada.

São muitos aqueles que se diferenciam dentro das quatro linhas por algo que faz diferente ou melhor que outros, por isso encerro por aqui para voltar ao motivo principal desse texto.

O gol foi feito pelo Marcelinho, que também tem seus momentos de jogadas quase que exclusivas. Ele recebeu a bola dentro da área, próximo a linha de fundo e sob o combate do zagueiro aplicou uma touca, na definição da jogada, com a saída do goleiro para interceptar o lance e evitar a conclusão da jogada, num toque sutil, quase sem espaço, mandou para o fundo das redes encobrindo o arqueiro que nada pode fazer apesar de suas qualidades embaixo dos três paus.

Sérgio.