Aqui deixo depoimento, quiçá um comentário
Em forma de agradecimento por ora declaro...


Amigos que aqui se encontram nesta extensão de Um Sábado Sem Fim
Durante a semana a saudade de vocês é tanta que a ansiedade não cabe em mim
Em boa hora chegou esse Blog para quem saiba enfim Estejamos juntos não só aos sábados, mas em todos os dias, sejam bons ou ruins
Na verdade vos digo o quão prazeroso é para mim
Ter vocês como amigos que espero seja para sempre assim...


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Saudade dos antigos festivais

Dias atrás, em certo domingo de sol, estive no campo do Campanário, em Diadema, onde moro e num passado nem tão distante defendia as cores do meu querido Benfica, time de várzea que lá pelas décadas de 1980 e 1990 era um dos times, senão o melhor, um dos melhores da região quiçá da várzea paulistana.
Lá encontrei o Petrucio, que foi e ainda é técnico deste time saudoso de grandes glórias pelos campos “varzeanos” de outrora.
Os tempos são outros, pois acontecia ali, naquele domingo, um jogo sem muitas emoções, como um bate bola qualquer, um “rachinha” ou um “contra”, rua contra rua, vila contra vila. Mas se tratava de uma disputa de festival onde a equipe vencedora ergueria o troféu em disputa, mas nem isso parecia estar em jogo tal era a “sonolência” em campo, além da ausência de pessoas a apreciar o “espetáculo”. Dava-se para contar nos dedos das mãos o contingente à beira do alambrado (Pois é, hoje tem até alambrado e a noite iluminada por refletores).
Ah, sou saudoso sim, e quem não é? Em outros domingos era difícil até de se conseguir um espaço entre as pessoas para ver um jogo num festival. Com chuva, frio ou sol. Embora forem outros tempos o futebol ainda é nossa paixão, independente de qualquer diferença, seja ela social, de gênero, ou de idade.
Ocorre que quando um evento desta magnitude acontecia, pois era mesmo um grande evento o festival de futebol aos domingos, o torcedor se fazia presente, mesmo sem ter um time de preferência na disputa, ele com o passar do jogo se simpatizava com um e deixava expresso em seus comentários, em sua emoção, seus gritos, chingamentos ao juiz ou a algum “atleta”
Geralmente um festival começava pela manhã e o time que era mandante da festa jogava os últimos jogos com um time convidado, que na maioria das vezes era tão bom quanto o time anfitrião. A essa partida de encerramento se dava o nome de “festeiro”, ou seja, eram festeiros os times que disputariam o último e melhor troféu do dia.
Eram torcedores chegando à pé, quando vindo de outros lugares, vinham de Kombi, na carroceria de caminhões, de ônibus e até na caçamba basculante a fim de prestigiar seu time da vila ou de sua simpatia, ou torcer contra caso o time local não fosse de sua simpatia. O que não diferia era a alegria e o calor da torcida, animada pelos batuques dos “surdos”, repiques, pandeiros, reco-reco e agogôs cantando as canções da época ou mais antigas, cujo a “saideira” preferida era Trem das onze, de Adoniran Barbosa: “Não posso ficar nem mais um minuto com você...”

Eu fiquei, na minha lembrança, em minha saudade...