Há coisas que acontecem no
futebol que se contar ninguém acredita.
Tal como um pescador contando
suas proezas, podemos passar por pesca(joga)dor, se me permitem a junção das
palavras para enfatizar a analogia, de tão mirabolante o acontecido. Mas essa
não dá para deixar passar em branco.
Eis que o Geraldo, diga-se de
passagem, um fiel gozador, vale aqui o trocadilho, rouba a bola no meio da
quadra e avança em direção ao gol, quando eu dou um carrinho e tiro a
redondinha de seu domínio, quando ele se joga ao gramado fazendo aquela cena
querendo parecer que tivesse sido vítima de uma fratura exposta, sem exageros.
Com isso todos pararam enquanto que eu com o domínio da bola e ciente de que
nem o havia tocado dei continuidade a jogada que se tornou hilária já que meus
adversários permaneciam estáticos reclamando a falta que não aconteceu. O Miro
deve estar rindo dessa cena até agora. De qualquer forma para efetivar a jogada
fui até o gol, o Marcão inerte, o que facilitou demais meu intento, empurrei a
bola pro fundo das redes, gol.
Volto para minha posição e o
Geraldo ainda caído, chegando a gemer de “dor”, com as mãos no calcanhar,
rolando de um lado para o outro, deixando a todos preocupados, menos a um, eu,
que cônscio da minha lisura na jogada, sabia que se tratava de encenação. Mesmo
assim ao me aproximar dele, do senhor cara de pau, ofereci minhas mãos para que
se levantasse, imagine a cena, me defendi dizendo que não tinha sido falta,
quando ele, o artista, deu uma pausa às suas “dores”, olhou para minhas chuteiras
com a cara mais deslavada que já vi e me veio com essa:-“Amarra o cadarço senão
você pode cair”. Voltando para os seus gemidos descarados.
Esse é o Geraldo...
Sérgio.
Um comentário:
Pois fui capaz de imaginar a cena, um tanto quanto engraçada. haha
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