Aqui deixo depoimento, quiçá um comentário
Em forma de agradecimento por ora declaro...


Amigos que aqui se encontram nesta extensão de Um Sábado Sem Fim
Durante a semana a saudade de vocês é tanta que a ansiedade não cabe em mim
Em boa hora chegou esse Blog para quem saiba enfim Estejamos juntos não só aos sábados, mas em todos os dias, sejam bons ou ruins
Na verdade vos digo o quão prazeroso é para mim
Ter vocês como amigos que espero seja para sempre assim...


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Memórias de um boleiro.

Quando a conheci fui sincero, revelei meu amor antigo, infantil até, meu primeiro amor. Amor incondicional, que até então tem sido eterno, como o amor de Vinícius, mas que sei, durará para sempre. Fui além, deixei claro que meus encontros com ela, meu amor primeiro, eram compromissos sagrados, inadiáveis e que se davam sem falta aos sábados e domingos, porém, caso acontecesse um convite, rolava também durante a semana, o que eu sempre aceitava de pronto. Para não restar dúvidas de que ela nos aceitaria em sua vida, eu e minha companheira de tanto tempo, revelei também o nome dela e que nossos encontros poderia se dar em lugares diferentes, mas que o evento sempre era o mesmo.
Ah, o amor! Naquele momento ainda era cego, ao ponto de ela além de aceitar minha situação, fez questão de me acompanhar daquele instante em diante ao encontro com minha primeira paixão, até demonstrou carinho por ela, disse que bastava me ver feliz!

Fiquei deslumbrado com a hipótese de enfim ter encontrado mulher tão compreensível...

Mas, como teria dito Fiori Gigliotti - “O tempo passa minha gente”.  E ele foi passando realmente. Se ao princípio ela me acompanhava aos encontros e até participava dos eventos com alegria aparente, já não é mais assim. Pois o tempo às vezes fica nublado, chove, esfria...

Diz ela hoje em dia – Fica comigo hoje, tá chovendo, ninguém vai aparecer. Mas sempre aparece alguém em nosso encontro antigo, pois como eu, há muitos em situação igual, que compartilha tal sentimento desde a infância. De uma forma ou de outra acontece sempre o evento.
Hoje continuo com as duas, pois se uma já não aceita a outra que me tem como apaixonado desde os primeiros passos, esta se cala aceitando minhas falhas e meus acertos, me recebendo quando a procuro e me procurando vez ou outra durante o desenrolar da peleja.

Já não temos encontros frequentes, minha paixão juvenil é, senão a mesma, maior ainda por ela, e nossos encontros restringiram-se aos sábados, que como nosso amor, não tem fim.
Divido meus dias com minha esposa, que com o tempo, por sabedoria ou não, para satisfazer meus anseios, está cada vez mais parecida com meu amor primeiro...

Sérgio

22/dez/2011.

Um comentário:

Anônimo disse...

É Sergião, o que antes era atrativo para elas hoje é desespero, no inicio da relação minha mulher achava o máximo eu voltar depois do futebol em êxtase para vê-la, hoje o que a deixar feliz é caso eu falte a peleja para estar ao lado dela assistindo Luciano Huck ou outro programa tosco...
O nosso sonho de mlk de ser um dia um boleiro e vestir em campo a camisa de nosso time do coração, a maioria nunca conseguiu concretizar e o pouco que temos, o pouco que alimenta esse antigo sonho elas querem tirar...
Sofro do mesmo mau, amo as duas...

Chande