Aqui deixo depoimento, quiçá um comentário
Em forma de agradecimento por ora declaro...


Amigos que aqui se encontram nesta extensão de Um Sábado Sem Fim
Durante a semana a saudade de vocês é tanta que a ansiedade não cabe em mim
Em boa hora chegou esse Blog para quem saiba enfim Estejamos juntos não só aos sábados, mas em todos os dias, sejam bons ou ruins
Na verdade vos digo o quão prazeroso é para mim
Ter vocês como amigos que espero seja para sempre assim...


quarta-feira, 12 de março de 2014

O Tocador de piano


Sempre se falou no futebol sobre o “carregador de piano”, aquele volante voluntarioso que abdica do jogo bonito para “brigar” no meio de campo pela bola, quase sempre retomando a jogada para seu time e a entregando para outro jogador de toque mais refinado a fim de dar seqüência à jogada em prol de sua equipe sem que isso o minimize diante dos demais, alguns até conquistaram lugares cativos em seus times tornando-se figurinhas carimbadas, entrando para a história, apesar da clara falta de habilidade com a bola nos pés. Enfim, este tipo de jogador carregava literalmente o piano.
Porém, se este carregava o piano, seria para que ele fosse tocado por alguém, nesse caso um jogador mais habilidoso.
Digo isso simplesmente pelo ocorrido no sábado sem fim que discorro agora:
Estávamos eu e o Marrone, aguardando nossa vez de entrar na quadra à beira da tela e apreciando o jogo corrente. Eis que, conversa vai, conversa vem, a bola se entrega aos pés do Fernando, que com categoria indiscutível a domina de maneira habitual, mas naquele instante nos postamos a prestar mais atenção à jogada. Simplesmente, com a bola sob o domínio de seus pés “mágicos”, ouso dizer, ele finta dois de uma só vez em um espaço que para nós, reles mortais, a bola não cabia. Um terceiro adversário, tão próximo quanto os dois anteriores foi também facilmente driblado (facilmente para ele, é claro) e mais um logo na seqüência, e tenho a impressão que quantos mais aparecessem a sua frente teriam o mesmo destino dos demais.
Você vai me dizer, - Ah, eu já vi várias jogadas assim. Eu também já vi muitas e muitas jogadas tão belas quanto essa por esse mundão do futebol “varzeano”. Mas naquela jogada, talvez por estarmos prestando mais atenção, percebemos que em nenhum momento o Fernando olhou para a bola, desde a dominação da pelota, ele a colocou no piso sintético e com seus toques sutis se livrava de cada um que aparecia, com a cabeça erguida, procurando um espaço, um companheiro melhor colocado ou buscando um caminho para o gol, defendido honrosamente pelo nosso querido Marcão.

Sinceramente, seus toques na bola eram tão suaves e perfeitos que ali mesmo comentei com o Marrone, - O cara parece que está tocando um piano... 

Sergio...