terça-feira, 3 de abril de 2012
Setenta anos do Divino Ademir da Guia
Hoje é aniversário de Ademir da Guia, o “Divino”, filho de outro ícone do futebol, Domingos da Guia, Zagueiro que fez história no Flamengo, considerado um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro.
Sou Corintiano, mas não por ironia do destino Ademir da Guia foi meu primeiro ídolo no futebol, mesmo jogando no arquirrival do Timão. Aliás, “Da Guia” não jogava, desfilava em campo com sua habitual classe e categoria, para muitos era lento, mas essa talvez fosse sua arma para iludir seus marcadores. Chega a ser contraditório tê-lo como ídolo e na mesma época tínhamos no Corinthians um craque com características diferentes mas não menos idolatrado, chegando a ser intitulado “Reizinho do Parque”, Rivelino, já que o Rei do futebol jogava no Santos, Pelé.
Que época de ouro, sem pensar muito, citei três dos maiores craques que o futebol já viu e que jogavam simultaneamente em seus respectivos clubes. Pelé é indiscutível. Ademir para alguns e Rivelino para outros o segundo melhor.
Setenta anos de Divino, quem viu seus lances não esquece, quem não viu pode viajar na imaginação com as histórias contadas pelos mais velhos, como eu.
Certa vez estava em casa com meu filho Gustavo e num programa de televisão, o telespectador tinha que adivinhar a sequencia de algumas jogadas que seriam paralisadas e a que vimos foi uma do Ademir; Postado no meio de campo, a bola tocada por Dudu, outro craque, vinha ao seu encontro, mas o adversário mais encorpado chegava com vigor para evitar o domínio da bola pelo “Divino”, que se postava quase estático dando a impressão que o adversário chegaria antes que ele, eis que a cena é paralisada. Disse ao meu pequeno Gustavo: - Filho, O Da Guia vai dar um toque sutil por cima do zagueiro e dominar a bola tranquilamente. Ao dar sequencia a cena, foi exatamente o que aconteceu e meu filho perguntou como eu sabia que aconteceria aquilo. Eu até poderia dizer que já tinha visto a cena, se vi não me recordo, mas vi tantas outras façanhas do Divino que imaginei ser essa sua saída fantástica para dar continuidade ao lance.
Ademir não é chamado de Divino à toa, com perdão ao trocadilho, ele soube divinamente desenvolver a arte que abraçou, pelos gramados brasileiros e estrangeiros, como diria João Saldanha.
Parabém “Divino” pelos setenta anos e por nos brindar com seu talento!
Sérgio
03 de Abril de 2012
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