Bateu forte uma saudade
Deixando-me muito sentido
Voltei a mais tenra idade
Lembrei-me de tempos a muito idos
Do futebol de minha infância
Dos primeiros chutes dados
Ah que boa lembrança
Que me traz de volta ao passado
Quando a bola podia ser de papel
Uma lata de óleo até
Duas pedras sendo o gol
Depois era só enfiar o pé
Fosse no quintal, na rua cheia de pedras
No campinho onde agora é a igreja
Eram nossas todas as regras
Dava-se início a peleja
Evoluiu a bola, o jogo
Já não era só brincadeira
Fizemos um time, Botafogo
O jogo agora era “contra”, só "pedreira"
As camisas compradas da “vaquinha”
Feita pela molecada
Mas a grana, dava quem tinha
E quem não tinha, não dava
Depois surgiu o “Vasquinho”
Uma dissidência do “Bota”
Fizemos nosso próprio “timinho”
Eu, o Laércio e o Doca
Mas tudo muda nessa vida
E a várzea era nossa meta
Do Juventude ao Benfica
Vivemos uma bela época
Disputando torneios, festivais
O peito cheio de esperança
Sonhos meus e dos demais
Que trazíamos desde crianças
Ah, domingos saudosos
Fora e dentro do campo
Sendo muitos vitoriosos
Enquanto outros nem tanto
A emoção em receber a camisa
Pelas mãos do treinador
Dava um frio na barriga
Sentia-me um verdadeiro jogador
Não importava onde seria o jogo
Sendo na chuva ou no sol
Até mesmo se fosse na praia
O melhor do dia era o futebol
Torcida contra ou a favor
Era muito comovente
Na batida do tambor
Todo mundo saía contente
Eis uma lembrança saudosa
Que tomo a liberdade em contar aqui
Pois ela continua em verso e prosa
Em todo Sábado sem fim.
Sérgio.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)